Piano
Tido por alguns como o instrumento musical mais completo ou até com um dos mais bonitos sonoramente. Já sabe de quem estamos falando, certo? Dele mesmo, o piano, que embora não seja portátil e tenha um alto preço, é um instrumento bastante versátil. Graças a essa característica e outras, veio sua consagração após ser tocado por alguns dos nomes mais importantes da música. Assim, acabou se tornando um dos instrumentos musicais mais conhecidos pelo mundo. Conheça a origem do piano.
Origem do Piano
Bartolomeo Cristofori apresentou o piano ao mundo em Florença, na Itália. Cristofori não gostava da falta de controle de volume que se tinha com o cravo (clavecino). Sendo assim, ele criou o piano na tentativa de dar diferentes intensidades aos sons já produzidos pelo clavicórdio e o cravo. A partir disso, ocorreu a alteração para um mecanismo de dedilhamento com um martelo. Assim, nasceu o piano moderno no ano de 1709.
O instrumento foi nomeado clavicembalo col piano e forte, na tradução “cravo que pode tocar suave (piano, em italiano) e alto (forte)”. Depois, o nome foi reduzido para o nome comum até “piano.” A partir daí, ele ganhou vários aperfeiçoamentos até chegar no instrumento que se conhece hoje. Ainfa assim, graças às possibilidades sonoras, os compositores passaram a preferir o instrumento. Artesãos faziam os primeiros pianos à mão individualmente. Ainda que a música para piano inicialmente fosse destinada apenas à aristocracia, após a Revolução Francesa em 1789 ele se popularizou. Dessa forma, a demanda pelo instrumento cresceu, causando a industrialização de sua fabricação.
Além disso, os concertos nessa época eram realizados em salas que comportavam de 1.000 a 2.000 pessoas. Isso gerou uma demanda por pianos com maior volume e por consequência com sustentação mais longa. A partir disso, uma estrutura de ferro passou a ser usada para dar suporte às cordas, esticadas sob maior tensão. Após a Primeira Guerra Mundial, o teclado foi padronizado a 7 oitavas e ¼ ou 88 teclas.
Mecanismos do instrumento
Neste tipo de instrumento, uma estrutura percute as cordas. Mas eles diferem entre si quanto ao mecanismo de produção de som. Por exemplo, em um cravo, martelos beliscam as cordas. Já em um clavicórdio, os martelos percutem as cordas, mas permanecem em contato elas. Entretanto, no piano, o martelo se afasta da corda imediatamente após ser tocada, deixando-a vibrar livremente além de abafadores que também podem entrar na equação.
Mais tarde, o mecanismo de repetição (fuga dupla) inventado pelo francês Sébastien Érard revolucionou o som e a forma como se toca o instrumento até hoje. Isso porque este mecanismo permite ao pianista repetir uma nota sem ter que liberar completamente a tecla. Assim, a invenção tornou possível preparar para a próxima tecla mesmo se o martelo não tiver retornado à posição de repouso.
Em outras palavras, o caminho entre o martelo e a corda é encurtado, permitindo a produção de som até mesmo quando tocado muitas vezes seguidas. Funcionalmente, a tecla pode ser tocada no máximo 15 vezes por segundo. Mas não para por aí. Além disso, o encurtamento da vibração da corda também foi muito importante. Assim, quando o músico solta a tecla o piano para de emitir aquela nota. Isso ocorre porque quando acionado o pedal aproxima os feltros do martelo das cordas. Portanto, interrompe o som assim que o dedo é levantado da tecla. A seguir, conheça os tipos de pianos que conhecemos hoje em dia.
Piano de Cauda
O piano de cauda tem o formato do piano original, com as cordas esticadas horizontalmente, e têm um grande potencial de expressão. Assim, ele possui sons mais ricos e variantes com ampla dinâmica. Além disso, ele possui também sustentação mais suave, permitindo expressão sutil às notas e maior de repetição de notas. Portanto, essas características permitem ao pianista maior expressão emocional à música do que quando toca um piano vertical.
A versão de cauda conta com três pedais:
- Deslocamento (pedal esquerdo): conhecido também como pedal macio. Ou seja, ele direciona o conjunto do mecanismo de ação para direita, alterando o volume do som e fazendo alterações mínimas no tom.
- Sostenuto (pedal intermediário): responsável por manter os tambores levantados e um pouco mais longe das cordas de quaisquer teclas tocadas apenas antes de descer o pedal. Dessa forma, isso torna possível sustentar as notas selecionadas.
- Sustentação (pedal direito): também chamado de pedal de tambor. Neste caso, os tambores permanecem levantados até mesmo se os dedos estiverem fora das teclas, sustentando todas as notas tocadas.
Piano vertical
O piano vertical ou móvel, como também é chamado, conta com cordas esticadas verticalmente para fazer o instrumento mais compacto. Sendo assim, ele pode ocupar lugares menores, como apartamentos. Nessa modalidade, os martelos dependem de molas para retornar à posição de repouso. Portanto, há um limite de repetição rápida, o máximo possível a ser tocado é cerca de sete vezes por segundo.
A versão vertical também conta com três pedais:
- Macio (pedal esquerdo): quando pressionado, o pedal levanta todos os martelos, que se movimentam mais próximo das cordas. Assim, ele reduz o volume de som e torna as notas mais breves.
- Silenciador (pedal intermediário): um pedaço fino de feltro fica entre os martelos e as cordas, abafando significativamente o som.
- Sustentação (pedal direito): também chamado de pedal de tambor. Portanto, os tambores se levantam mesmo com os dedos fora das teclas, sustentando todas as notas tocadas.
Como tocar?
Agora que você entendeu a origem do piano e seus mecanismos, já está com vontade de tocar e conhecer mais sobre esse instrumento não é? Com o tempo o instrumento adquiriu novas formas e hoje temos ele até em sua forma digital. Ainda assim, nada diminui o charme e a polivalência deste instrumento. A partir dessas evoluções, hoje o piano está presente no jazz, no pop, no rock, no funk e nos mais diversos gêneros.
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